NÃO SEREI CONFUNDIDO
"Porque o Senhor Jeová me ajuda, pelo que não sou envergonhado; por isso, pus o meu rosto como um seixo e sei que não serei confundido" (Isaías 50:7)
Os comentários bíblicos consideram essa afirmação de confiança e fé como parte de uma profecia messiânica relacionada a Jesus. Creio, porém, que pode ser aplicada às nossas vidas também. São quatro frases distintas, cada uma delas construída a partir da anterior.
"Porque o Senhor Jeová me ajuda": A palavra hebraica traduzida como "ajuda" tem, em sua raiz, o significado de "rodear", "proteger". A segurança fundamental que temos como filhos e filhas de Deus é a segurança de sua constante ajuda e de seu constante cuidado.
"Pelo que não sou envergonhado": O significado original da palavra traduzida como "envergonhado" é "ferido emocionalmente", "insultado" ou "desgraçado".
"Por isso, pus o meu rosto como um seixo": A palavra "seixo" transmite a idéia de "consistência", "determinação". É uma proclamação de determinação baseada nas duas verdades anteriores. Jesus demonstrou essa atitude em Lucas 9:51: "E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém". Nós também precisamos dessa determinação. A certeza da proteção do Senhor nos livra do medo e da covardia.
"E sei que não serei confundido": Note a segurança expressa na expressão "eu sei". Não é apenas sentimento. É convicção baseada em experiências vividas anteriormente.
Oro para que Deus dê ao corpo pastoral e à liderança da Sexta Região, essa mesma convicção de fé para enfrentar o trabalho e as lutas durante o ano de 2017.
No amor de Jesus,
Bispo João Carlos
DIFERENÇAS: BÊNÇÃO OU PROBLEMA?
"Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis" (1 Coríntios 12.14-18).
A Igreja em Corinto tinha um problema. E o problema não eram as diferenças, mas como os/as discípulos/as que formavam aquela igreja respondiam à essas diferença.
Aparentemente pensam que a melhor maneira de lidar com as diferenças fosse eliminando-as, forçando todos a agir da mesma maneira ou excluindo (ou demonizando) aqueles/as que eram diferentes. Agiam assim porque viam as diferenças como problema.
Na verdade, nosso chamado para fazer discípulos de todas as nações exige que gastemos tempo com pessoas que são diferentes de nós. Deus está interessado na salvação de todas as pessoas e de todas as nações. Esse fato, por si só exige que aprendamos a apreciar as diferenças, já que diferentes pessoas em diferentes lugares agem de diferentes maneiras.
Em sua carta aos Filipenses o apóstolo Paulo parece encorajar seus leitores a não permitirem que as diferenças nas formas fossem instrumentos de divisões na igreja: “Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Fl 2:1-4).
Como membros do corpo de Cristo e como discípulos/as de Jesus, vamos permitir que nossas diferenças sejam bênçãos a serem usadas para a Glória de Deus. Que possamos focar as nossas energias na missão que Deus reservou para nós. Permitamos que Cristo brilhe através de nós para que muitas outras pessoas possam conhecer o amor e o poder de Deus.
Bispo João Carlos