Vocacionados sem acaso
“Por isso, eu, o prisioneiro no Senhor, peço que vocês vivam de maneira digna da vocação a que foram chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor, fazendo tudo para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. (Ef. 4:1-3)
Uma necessidade na vida de todo o ser humano, é ter clareza de seu propósito. Pessoas sem propósito tendem a perder a perspectiva de vida, ou seja, os sonhos e os planos, o trabalho e os muitos esforços do dia a dia, perdem o sentido. Em nossa vida espiritual, isso também é uma verdade. Temos que ter clareza de nosso propósito.
Para nós, que conhecemos a Cristo, como nosso único e suficiente Salvador e Senhor, isso se manifesta na vocação a que fomos chamados a cumprir, como nos diz o apóstolo Paulo em Efésios 4:1-3. Quando olhamos o texto no original em grego, as palavras “vocação” e “chamado” tem a mesma raiz, e carregam o sentido de “aquele que recebeu o chamamento para algo ou alguma coisa”. Paulo, chega a dizer em Romanos 11:29, que os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.
Mas qual é, na realidade, a vocação a que fomos chamados? Em síntese, fomos vocacionados a amar a Deus acima de todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos na vivência prática do ide. Porque é no nosso dia a dia, no encontro com outras pessoas, tocando e sendo tocados, que demonstramos o nosso amor a Deus (pela obediência a sua vontade), e ao nosso próximo quando agimos com o outro em amor.
As qualidades que o apóstolo Paulo elenca para esse viver, são fundamentais na prática do amor ao próximo. Humildade, mansidão (força sob controle), longanimidade (paciência), são características do caráter do próprio Cristo, que fazem parte do fruto do Espírito, nos auxiliando a ter a imagem de Deus restaurada em nós (Gn 1:27).
É interessante notar, como o apóstolo percebe a expressão dessas características na prática do “suportai-vos uns aos outros em amor” preservando a unidade do Espírito pela paz. Suportar em amor, é chorar com os que choram, se alegrar com os que se alegram, é ouvir, cuidar, zelar, dar apoio, exortar, caminhar junto, priorizar o que nos une e não o que possa nos dividir. Somos pessoas diferentes, mas amamos e buscamos o mesmo Autor e Consumador de nossa fé. Ide, portanto, e fazei discípulos!
Pra. Flávia Helbing da Rosa da Silva
UM CORAÇÃO DE PASTOR
"Respondeu Moisés ao Senhor: Que o senhor, Deus dos espíritos de toda a carne, ponha um homem sobre a congregação, o qual saia diante deles e entre diante deles, e os faça sair e os faça entrar; par que a congregação do Senhor não seja como ovelhas que não têm pastor" (Números 27:15-17).
Quando Deus avisa Moisés que ele não entrará na terra prometida, junto com o povo, Moisés pede que Deus dê um líder para o povo. E, em outras palavras, Moisés pede que esse líder seja um homem que entenda que para ministrar com eficácia, ele precisa estar em contato contínuo com aquele povo.
Moisés está dizendo: "Esse povo não precisa de um místico. Não precisa de um homem apaixonado por pesquisa (ainda que isso seja importante). Esse povo não precisa de um gerente eficiente ou com grande capacidade organizacional. Esse povo precisa de um pastor. Precisa de um homem que conheça o povo; que ministre o rebanho; que guie as ovelhas". Enfim, Moisés está dizendo que aquele povo necessitava de alguém com um coração de pastor. E Deus escolhe Josué!
Seja em que situação nós estejamos ministrando - como pastores titulares ou coadjutores; como professores da escola dominical; presidente de um grupo societário; líder de um ministério; líder de um grupo de discipulado; tesoureiro ou administrador da igreja - o primeiro alvo do nosso ministério são as pessoas (as ovelhas). Deus não nos chamou para lidar com papeis e números em primeiro lugar. Ele não nos chamou, em primeiro lugar, para desenvolver estratégias para as próximas décadas. Detalhes administrativos precisam ser trabalhados, mas eles não são o aspecto mais importante do nosso ministério. O aspecto mais importante do ministério cristão, seja qual for, é o rebanho que Deus nos confiou para cuidar.
Que no nosso ministério, cada pessoa que conosco se encontrar, possa sentir, através das nossas atitudes, que ela é importante na Igreja e no Reino. Não existem membros que não sejam importante na família de Deus.
Tenha um abençoado mês de maio - o mês da família!
Bispo João Carlos
FUNDAMENTOS DO MINISTÉRIO PASTORAL
Fundamentos são importantes. Alguém já disse que "para ser excelente em qualquer esporte é necessário ser bom nos fundamentos daquele esporte".
Creio que se pode dizer isso também do Ministério Pastoral. O/a pastor/a excelente dedica-se de maneira especial aos fundamentos.
Quero sugerir que esses três elementos a seguir são fundamentais na vida de todo/a pastor/a:
1. Amor a Deus:
Quando testado pelos fariseus que lhe perguntaram qual o maior mandamento na lei, Jesus foi muito claro: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento Este é o grande e primeiro mandamento" Mateus 22.37
Esse continua sendo o grande desafio para a Igreja. E quem prega ou ensina sobre o relacionamento com Deus precisa ser exemplo dessa realidade.
2. Amor pela Palavra de Deus:
O apóstolo Paulo encerra sua segunda carta ao jovem pastor Timóteo exortando-o da seguinte maneira:
"Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino; prega a palavra, insista a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo..." II Timóteo 4.1-5.
A pregação da sã doutrina é uma prioridade. Portanto o/a pastor/a precisa amar a Palavra de Deus; estudá-la com afinco e pregá-la com paixão.
3. Amor pelo povo de Deus (pelo rebanho que Deus lhe confiou):
Veja a orientação do apóstolo Pedro (aquele que Jesus pediu que apascentasse suas ovelhas) dá aos pastores:
"Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória" I Pedro 5.2-5.
Você ama a Deus? Ama a Palavra de Deus? Ama o povo de Deus? Então que Deus continue a abençoá-lo/a no seu pastorado e na sua liderança na igreja.
Feliz dia do/a pastor/a metodista!
Bispo João Carlos
JESUS NOS DESAFIA EM AMOR
(Lucas 6:27-38)
“Se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo.” (C. S. Lewis)
Você já parou para pensar que em nossas vidas diárias estamos sempre querendo levar a melhor (vantagem) sobre as situações que a vida nos impõe?
Este texto que lemos é a continuação do Sermão da Montanha. Para a visão do mundo, tudo que é dito aqui por Jesus é desvantagem para nós. Ele nos propõe atitudes, que precisamos lutar para conseguir praticá-las.
Jesus fala a uma sociedade individualista, que sempre amou fazer pelos seus, por aqueles que mais gostam e assim por diante.
O povo judeu, com todo respeito, são um dos povos mais fechados sobre a face da terra, onde sempre pensaram em fazer pelos seus, mas nunca a ideia de fazer por aquilo que é estranho ou que foge do controle deles.
E a nossa sociedade é diferente?
Estes mandamentos de Jesus são extremamente atuais para os nossos dias. Nunca fomos tão individualistas como somos hoje. Nunca estivemos tão perto (tecnologia), mas ao mesmo tempo tão afastados das pessoas.
Eis os desafios de Jesus para nós através do texto de Lucas.
7 AÇÕES PEDIDAS POR JESUS PARA SEREM PRATICADAS:
1ª – AMANDO-AS;
2ª – FAZENDO O BEM PARA ELAS;
3ª – ABENÇOANDO-AS;
4ª – ORANDO POR ELAS;
5ª – RETRIBUINDO O MAL COM O BEM;
6ª – SENDO GENEROSOS;
7ª – TRATANDO COMO NÓS GOSTARÍAMOS DE SERMOS TRATADOS.
Voltemos a pensar na frase de início de C. S. Lewis: “Se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo”.
Ao mesmo tempo, pense também no que Jesus dizia a todos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará. Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo? (Lucas 9:23-25).
Que possamos como igreja hoje, aceitarmos estes desafios de Jesus para as nossas vidas. E a ideia de seguirmos a Jesus, não seja por conforto, mas para fazermos a diferença na vida das pessoas através da presença desafiadora Dele em nós.
Pr. Guilherme Alves Simões